Beauty with Grace: Body Positive Movement






Pois é…deixei-vos de molho durante duas semanas…mas foi por um bom motivo, estive a marinar com a certeza porém de que agora venho com ânimo redobrado para falar sobre o outro tema que me tem interessado muito, o body positive movement (BPM) que definindo de uma maneira muito básica é um movimento que promove a aceitação do corpo tal como ele existe. 

O BPM que desde cedo causou alguma controvérsia - e já explico o porquê - traz a lume a simples premissa que todos os corpos são passíveis de serem aceites e mais do que isso até, de serem celebrados. A polémica que se gerou em torno deste movimento trouxe algumas inquietações a público, tais como a hipotética promoção de um estilo de vida pouco saudável e a suposta promoção da obesidade.

Meus bens, para que fique já bem claro... aqui ninguém quer promover a obesidade mas também tenho a informar que não estou interessada em discussões sobre as estatísticas da saúde pública e muito menos estou aqui para conversar sobre dietas. Este simplesmente não é o espaço para tal, existem mil blogues sobre esses temas, se querem falar disso, não é aqui o sítio indicado. Eu não sou nutricionista, nem médica, nem personal trainer pelo que não vou promover os meus serviços, nem dar opinião sobre esses temas.

Só estou aqui para falar do que sei, e o que eu sei é que o meu corpo plus size e outros corpos ditos “não convencionais” são vistos como um incómodo estético, no melhor dos casos, são integrados apenas como a fotografia do que foi o “antes” da dieta e, no pior dos cenários, estes corpos são reduzidos à inexistência, tendo pouca ou nenhuma representatividade nos meios de comunicação e na esfera da moda e do pronto a vestir.  É certo que existem vários níveis de discriminação, mas deixo isso para outro post, contudo, se quiserem abordar o tema nos comentários estejam mesmo à vontade.

O que eu pretendo aqui, é criar um espaço seguro para falarmos deste tema tentando sempre a via da positividade, da aceitação, pois existem inúmeros casos em que as pessoas pelo seu aspeto físico sentem que não podem ser bonitas ou sequer válidas aqui e agora. No entanto, a vida acontece sempre no aqui e no agora e se não é agora nem aqui que podemos ser felizes connosco próprios e acreditar no nosso potencial, vai ser quando?

A vida não é uma sala de espera e se o problema passa por ficarmos limitados pelo nosso corpo e pelos julgamentos que fazemos sobre o mesmo, então temos muito que falar…

Digam-me:

- Quantas vezes evitaram situações sociais só porque sentiram que estavam ou feias, ou gordas ou ambas?

- Quanto tempo e quantas oportunidades já desperdiçaram na vida enquanto estão à espera de serem perfeitas, enquanto estão à espera que a balança “bata” nos 60kg?

Será que nesse tão desejado dia poderemos então gostar de nós? Será que poderemos então ter autoconfiança e será que nos é finalmente permitido ser felizes?

O que eu pergunto é, vamos mesmo passar o resto das nossas vidas sentados numa metafórica sala de espera? Não me parece viável, pois então vamos então fazer algum “trabalho de casa” e pensar em novas abordagens.

Num próximo post vou trazer para a mesa um outro movimento que nasceu posteriormente e que se intitula de body neutrality movement para podermos refletir sobre o que divide os dois movimentos e onde se podem encontrar para nos trazerem uma abordagem mais enriquecida. 

Até lá…não façam nada que eu também não fizesse ;P




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